uma história de 20 anos
Nesta exposição, que marca os 20 anos da instituição, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro cria uma linha do tempo com peças, vídeos e fotos de momentos que marcaram sua história.
Uma casa não é feita sem um objeto. Eles contam histórias, carregam memórias, imprimem personalidade e ditam o tom de um ambiente. Ao longo de seus 20 anos de existência, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro foi lar para muitas peças icônicas – e, consequentemente, muitas narrativas. Por isso, é chegada a hora de enaltecer esse legado em uma exposição comemorativa, com cerca de 130 objetos que traduzem os principais momentos da trajetória da instituição.
Nesta exposição, todas as fases desses 20 anos foram, de alguma forma, representadas. Por meio de uma linha do tempo, os visitantes entraram em contato com objetos, fotos, vídeos e outros registros que complementam cada obra e mostram seus bastidores.
A mostra reúne objetos do acervo do Museu A CASA, feitos com diversos materiais como madeira, palha, algodão, cerâmica, couro, entre outros. Frente à riqueza e diversidade da produção artesanal brasileira difundida pela instituição, a exposição busca revisitar a sua própria história fazendo uma singela homenagem aos artesãos, designers, comunidades, objetos e pessoas de todos os estados que ajudaram a construí-la.
relembrar é viver
Quando foi criado, em 1997, o Museu A CASA era voltado à integração entre diversas linguagens artísticas. Tudo começou a partir de um centro cultural situado na rua Coronel Irlandino Sandoval, no bairro dos Jardins, em São Paulo, com programações que reuniam espetáculos musicais, debates sobre moda e design, exposições e peças teatrais.
“Naquele momento, A CASA sentiu que era necessário interagir também com o que acontecia fora de São Paulo. A partir disso, nos aproximamos muito do artesanato, pois entendemos que ele espelha a cultura e a alma do local onde é produzido. Essa aproximação nos fez entrar em contato com criações de outros estados", afirma Renata Mellão, fundadora da instituição.
Quando foi criado, em 1997, o Museu A CASA era voltado à integração entre diversas linguagens artísticas. Tudo começou a partir de um centro cultural situado na rua Coronel Irlandino Sandoval, no bairro dos Jardins, em São Paulo, com programações que reuniam espetáculos musicais, debates sobre moda e design, exposições e peças teatrais.
“Naquele momento, A CASA sentiu que era necessário interagir também com o que acontecia fora de São Paulo. A partir disso, nos aproximamos muito do artesanato, pois entendemos que ele espelha a cultura e a alma do local onde é produzido. Essa aproximação nos fez entrar em contato com criações de outros estados", afirma Renata Mellão, fundadora da instituição.
Foi então que, em 2001, A CASA desenvolveu o primeiro projeto que fortaleceria a sua missão institucional: ser um agente de integração entre o design e artesanato produzido no Brasil. Na ocasião, o estilista Walter Rodrigues, as rendeiras da comunidade Morros de Mariana e o Museu A CASA foram responsáveis pelo projeto Mão na Moda, Uma História Brasileira, que levou a técnica tradicional da renda de bilro para as passarelas da São Paulo Fashion Week.
Anos mais tarde, a instituição também editou e publicou o livro Que Chita Bacana, acompanhado da exposição A Chita na Moda, que mostrou a versatilidade do tecido, que apesar de não ter nascido no Brasil, ganhou novos contornos e uma identidade totalmente nacional por meio da moda e do uso cotidiano.
Aos poucos, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro passou a ocupar um espaço até então inexistente no cenário museológico nacional. Por sentir falta de referências e de metodologias que colocassem o artesanato e o design em diálogo, ao longo dos anos, A CASA desenvolveu trabalhos que fizeram com que a própria instituição se tornasse essa referência.
A mudança de endereço, em 2008, para a rua Cunha Gago, em Pinheiros, São Paulo, viabilizou a realização de exposições que trouxeram obras artesanais de todo o país. “Promover este tipo de diálogo foi fundamental para realizarmos exposições pioneiras, que ajudaram a colocar o artesanato num lugar de apreciação e reconhecimento", relembra Renata Mellão.
Neste sentido, projetos como o da Ilha do Ferro, em Alagoas, e Cerro Azul, no Vale do Ribeira, Paraná, tiveram grande importância na valorização do trabalho de comunidades de artesãos. A partir de oficinas de inovação desenvolvidas pelo designer Renato Imbroisi em parceria com o Museu A CASA, essas comunidades puderam ampliar a visibilidade de seus produtos por meio de exposições com vendas, além de fazer com que a atividade ganhasse fôlego para se tornar cada vez mais sustentável.
Já a partir de 2008, uma das iniciativas do Museu A CASA foi o Prêmio Objeto Brasileiro, premiação bienal que recebe inscrições de artesãos e designers de todo o país. Bancos, cadeiras, tigelas, cerâmicas, cortinas, tapetes, passadeiras, livros, bolsas, bordados e calçados são exemplos de peças que já ganharam em alguma das três categorias principais.
Ao longo de 20 anos, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro carregou a missão de valorizar e gerar visibilidade aos saberes artesanais, sejam eles tradicionais ou contemporâneos. Reconhecer um objeto para além de seu caráter utilitário e percebê-lo como uma obra potente, que comunica, que transforma e que gera impacto sempre foi algo que esteve no centro deste trabalho.
Visitação
DE 04 DE AGOSTO A 02 DE OUTUBRO DE 2016
Espaço expositivo Museu A CASA
Av. Pedroso de Morais, 1216, Pinheiros • São Paulo, SP
De terça a domingo, das 11h às 18h30
Entrada gratuita