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projeto poética da palha (2011) 

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O Museu A CASA do Objeto Brasileiro promoveu mais um encontro entre grupos de artesãos com o projeto Poética da Palha, no Vale do Ribeira, município de Cerro Azul, Paraná. 

 

A faísca que acende a chama do projeto vem de uma pequena cangalha de palha de milho enviada pelo Secretário de Cultura de Cerro Azul para concorrer ao 2º Prêmio Objeto Brasileiro, realizado pelo Museu A CASA a cada dois anos. Apesar de não ter se consagrado vencedora, a cangalha surpreendeu por sua graça e qualidade, instigando o comitê curatorial a saber mais sobre sua autoria e localização.

 

Foi então que o Museu A CASA propôs ao designer Renato Imbroisi uma viagem de campo pela região do Vale do Ribeira, que culminaria em um projeto com as comunidades artesãs locais e, consequentemente, exposição de todo o trabalho no A CASA.

poética da palha: como o projeto aconteceu?

Depois de conhecer vários núcleos produtivos e fazer um diagnóstico da região, foi decidido que o projeto Poética da Palha seria realizado em Cerro Azul, uma pequena vila com aproximadamente 10 famílias, que se dedicavam ao manejo da laranja em parte do ano e, na entressafra, produziam peças de artesanato, como chapéus, esteiras, cangalhas e alguns outros itens. 

 

A matéria-prima  utilizada nessas peças é própria da região, com o trançado, sobretudo, da palha de milho, mas também o uso de taboa, criciúma e bambu. A ideia era que todo o material utilizado no artesanato fosse aproveitado.

 

Renato Imbroisi fez algumas viagens a Cerro Azul e começou o trabalho de incentivo e inovação realizando oficinas de aperfeiçoamento técnico ao lado da especialista em trançados Francinaide F. Silva de Alcântara, do Distrito Federal. Também foram ministradas oficinas com técnicas de tingimento natural a partir da vegetação local, ministradas pela consultora Hisako Kawakami.

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Depois disso, era hora de ampliar o leque de produtos produzidos: com os conhecimentos adquiridos, foram feitos vários modelos e cores de bolsas, sacolas, caixas e flores, com predominância do uso da palha de milho. Os produtos resultantes dessas oficinas foram comprados pelo Museu A CASA e expostos com enorme aceitação do público.

 

O grupo de artesãos do Vale do Ribeira segue produzindo e vendendo sua arte. Em uma região cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dos mais baixos do Brasil, o artesanato é, além de um patrimônio cultural imaterial, uma importante ferramenta de transformação social.

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