desenho de fibra: 25 anos de artesanato têxtil brasileiro em exposição
Nesta exposição, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro homenageia a arte têxtil produzida no Brasil, ao mesmo tempo em que celebra o trabalho de valorização e reconhecimento cultural promovido pelo designer Renato Imbroisi.
O Museu A CASA do Objeto Brasileiro recebe a exposição Desenho em Fibra, que promove a junção de elementos do design com o artesanato têxtil em suas mais variadas formas, como o crochê, o bordado, a renda e a cestaria. Todas as peças expostas foram desenvolvidas em projetos coordenados pelo designer e tecelão Renato Imbroisi, nas cinco regiões do país.
A exposição foi concebida a partir do livro Desenho de Fibra: Artesanato Têxtil no Brasil, lançado pela editora Senac e escrito por Imbroisi e Maria Emilia Kubrusly. O livro traça uma trajetória do designer, apresenta sua metodologia de trabalho e traz ainda informações conceituais e históricas sobre o artesanato, em especial o têxtil, e sua aliança com o design.
Os projetos escolhidos para integrar a exposição se baseiam na junção bem sucedida entre design e artesanato. Também foi considerada sua longevidade, como explica Renato Imbroisi. "Selecionamos os que tiveram importância local e que permanecem em atividade até hoje. Muquém, em Minas Gerais, por exemplo, existe há 25 anos. Em todos eles, os artesãos exercitam técnicas que resistem ao tempo. O que mostro na exposição é justamente a grande essência do trabalho de desenvolvimento de um produto".
Entre os projetos que integram a mostra estão Capim Dourado, do Jalapão, Tocantins; Muquém, de Minas Gerais; Bichos do Mar de Dentro, do Rio Grande do Sul; Flor do Cerrado, do Distrito Federal; e Paraíba em Suas Mãos, da Paraíba, que congregam desde associações de artesãos e pequenas empresas até grupos de produção independentes.
Renato conta que voltou a algumas regiões anos após a realização de seu primeiro trabalho junto aos artesãos. Nas viagens, percebeu que muito do que havia sido co-criado entre eles permanecia vivo em termos de comercialização, distribuição e, principalmente, no que tange o aprendizado sobre o produto. “No Tocantins, onde trabalhei entre o final dos anos 90 até 2000, o carro-chefe de venda dos artesãos até hoje são as mandalas e bolsas redondas que desenvolvemos naquela época”, comenta.
Visitação
DE 02 DE SETEMBRO A 18 DE NOVEMBRO DE 2011
Sede Museu A CASA
Rua Cunha Gago, 807, Pinheiros • São Paulo, SP
De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h
Entrada gratuita