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projeto A CASA AMA carnaúba (2018)

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Ao lado da Ambev, O Museu A CASA do Objeto Brasiliero realiza o projeto A CASA AMA Carnaúba com a proposta de trabalhar com artesãos do município de Jaguaruana, Ceará, para criar peças inéditas e fomentar a produção artesanal local com o trançado da palha de carnaúba, presente na região.

O relacionamento da Ambev com a região começou em 2017 a partir da AMA, uma vertente social da marca destinada a levar água até o semiárido brasileiro e ajudar no desenvolvimento da região. O primeiro município a receber investimento foi Jaguaruana, onde a água de cada casa foi captada e canalizada. 

 

Com isso, o tempo que antes era gasto pelos moradores para buscar água potável poderia se converter em uma atividade rentável, como a produção e venda de artesanato, preservando a cultura local e criando novas perspectivas de trabalho – e é neste momento que o trabalho do A CASA começa.

quer uma amostra do que foi esse projeto? assista o teaser abaixo:

o ponto de partida

A AMA convidou o Museu A CASA para a realização de um projeto conjunto que agiria na zona rural, onde a Palmeira Carnaúba tem presença forte. Seu tronco, folhas e hastes são amplamente utilizados, além da extração da cera que se deposita sobre suas folhas. Até então, a atividade dos artesãos de Jaguaruana concentrava-se, sobretudo, na produção de artigos úteis como o abano, o chapéu e a vassourinha, além da confecção de esteiras.

 

Para esse projeto, A CASA convidou o designer, curador e diretor artístico Renato Imbroisi, que fez um diagnóstico da região e identificou os grupos de trabalho. Foram convidados os sítios Volta, Caiçara e Santa Luzia (os três em Jaguaruana) e as cidades vizinhas de Palhano e Itaiçaba, que já tinham maior autonomia em seu trabalho. 

Após o diagnóstico, Imbroisi iniciou o projeto A CASA AMA Carnaúba propondo um exercício para cada grupo de artesãos, para conhecer seu trabalho de perto. O Mestre Artesão goiano Juão de Fibra, especialista em trançado, também foi chamado para atuar em Jaguaruana.

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Todo o projeto exigiu muito trabalho e dedicação. Aos poucos, foram chegando também algumas mulheres artesãs, muitas das quais já haviam parado de trançar há anos e que enxergaram na oportunidade um meio de recomeçar. 

oficinas criativas

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Para ampliar a variedade de cores, trançados, grafismos e até mesmo de produtos, foram ministradas oficinas com uma equipe composta pelas designers Liana Bloisi, Cristina Pereira Barreto, Tina Moura e Lui Lo Pumo, além de Renato Imbroisi e Juão de Fibra. O fotógrafo e videomaker Kiko Ferrite e sua equipe, e o designer gráfico Seyey Cunioci, responsável pelo livro documental do projeto, também integravam a comitiva. 

 

Com a chegada de todo o grupo de trabalho, foi organizada uma festa-encontro na igreja de Itaiçaba, com música, dança, comida e poesia, onde cada um apresentou sua peça, fruto do exercício proposto por Renato na viagem anterior. O trabalho nas oficinas e o registro de imagens do projeto “A CASA AMA Carnaúba” duraram vários dias. A equipe retornou ao local quatro vezes para acompanhar a produção e finalização dos produtos, todos comprados pelo projeto. 

o resultado

Todas as etapas deste projeto estão hoje registradas no livro A CASA AMA Carnaúba, disponível na loja do Museu A CASA. A partir desse processo transformador, a produção artesanal da região se expandiu para outras peças, com a criação de bolsas, cestos, mesas, pufes, bancos, redes e luminárias. O relacionamento do A CASA com os artesãos continua vivo.

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